Mulheres Alagoanas
07/03/2019 às 20h06
07/03/2019 às 20h06
Dra. Salete – “Agora ninguém me segura”
“O Hemopac realmente aconteceu depois que nós três nos reunimos (Nadja, Izaura e eu). Começamos as três fazendo praticamente tudo. Eu me afastei por um ano por conta do AVC e retornei depois com muita dificuldade ainda, mas retornei. Minha vida no Hemopac é linear, é o tempo todo aqui, até hoje. Hoje estou mais voltada para a Qualidade.
O que eu tenho a falar para as mulheres alagoanas é o que aconteceu comigo, que uma intercorrência de saúde como foi a minha não foi motivo para desistir nem do magistério, pois eu continuei dando as minhas aulas, nem da presença no Hemopac.”
(Dra. Salete)
“Sempre destacada com boas notas, desde o colégio, mamãe fez pedagogia, filosofia e medicina. Trabalhou na Secretaria de Educação (magistério) e fez a faculdade de medicina com dois filhos pequenos – se formou em 1975. Depois de se recuperar da intercorrência de saúde, ela voltou para sala de aula – foi professora da Ufal e das Ciências Médicas e já tem 35 anos nessa área.
Mamãe não para! Sempre ativa e muito determinada, teve uma enorme contribuição em relação à profissão – a vida dela como professora foi muito importante, no tempo que ela clinicou foi considerada uma das melhores hematologista e é referência como professora até hoje. Sempre foi mulher de trabalhar muito, ela superou muita coisa, desde pequena... E todo dia ela supera esse mesmo AVC para vir trabalhar. Ela é um exemplo, não tem preguiça pra nada.
A Rosacruz proporcionou a ela um estudo (ela adora estudar). Realmente foi muito importante, foi o que deu base pra ela e muita força pra levantar. Ela percebeu muita coisa, além do físico. Geralmente, o que a mãe fala pra mim é: você não é só isso que está aqui, existe muito mais. Você é parte de um todo. Você deseja o bem, joga pro universo e o universo organiza e distribui aonde precisa.”
(Cristiane, filha da Dra. Salete).
A Ordem Rosacruz foi fundamental na vida da Dra. Salete, nessa compreensão e força da busca interior. Depois que conheceu a Ordem ela percebeu que “agora ninguém me segura”. Percebeu que é capaz de tudo, independente das adversidades da vida. Foi um despertar essencial em sua vida.
Dra. Izaura – “Equilíbrio”
Em 1980 deu-se o início da sociedade das três Dras. A trajetória da Dra. Izaura foi assim: 33 anos de serviço público, 10 anos no Hospital do Açúcar, no Hemopac já são quase 39 anos de sociedade, além de cinco filhos e cinco netos (indo pra sete agora) – vovó coruja assumida!
“Na nossa vida nós temos erros e acertos, os erros servem pra crescer e os acertos pra gente agradecer pela trajetória de vida que temos. Que as decisões tomadas já foram e que a gente tem que olhar pra frente e ser feliz. Que nossas decisões partam com inteligência, mas também com o coração, porque aí acertamos mais. Tem que ser um equilíbrio. A felicidade está nessas decisões que a gente toma e não depende muito do que vem de fora pra dentro, mas de dentro pra fora.
Ser mulher hoje, como em qualquer época, tem os seus desafios. E o que nós colhemos é fruto das decisões que tomamos. Eu me considero uma pessoa muito feliz e trilhando com equilíbrio aquilo que eu lutei e conquistei. Feliz por ter uma família, que eu amo de paixão, meus filhos e meus netos... Hoje eu vejo frutos naquilo que plantei. Na vida profissional eu acho que fiz tudo aquilo que eu queria fazer, eu galguei com sacrifício – não foi fácil – abdiquei de outras coisas, mas foram as minhas opções... Não foi fácil criar uma família estudando e trabalhando.
A gente tem que manter sempre um equilíbrio entre vida pessoal, família e vida profissional. Esse equilíbrio é muito importante.”
(Dra. Izaura)
Dra. Nadja – “Acreditar que é possível”
“Eu vou começar pelo fim... Acho que a melhor coisa do mundo dessa história toda é ser avó. Essa é a melhor parte, ter chegado de uma forma saudável pra poder curtir meus netos. Tenho 42 anos de casada, três filhos e cinco netos. Tive meus filhos ainda na faculdade e uma trajetória profissional que foi muito intensa na minha vida, mas em momento nenhum eu deixei de trabalhar, porque já emendei faculdade com filho e isso foi muito bom, pois eu sempre achei que a mulher pode fazer tudo, consegue se dividir e ter três turnos de trabalho. Nunca deixei de me dedicar à meus filhos, mas também nunca deixei de me dedicar à minha vida profissional. Não me arrependo disso, acho que foi muito bom. Já assumi alguns cargos públicos: fui diretora do Hemoal por 04 anos, diretora de Atenção à Saúde, no município de Maceió e hoje sou secretária adjunta de saúde, além do trabalho no Hemopac. O ninho ficou vazio quando os filhos saíram e a gente acaba se dedicando mais... Mas é no final de semana que eu me dedico aos meus netos totalmente. Acho que a família é a base de tudo, adoro minha família, eu sou o que sou por conta deles e tenho uma convivência muito saudável.
A grande mensagem para as mulheres alagoanas é: acreditar nelas mesmas. A mulher tem um potencial muito grande e ela tem que acreditar nisso, que tem esse potencial. Quando você acredita em você, o mundo todo acredita também.”
(Dra. Nadja)
A família Hemopac agradece por todo ensinamento e sente um enorme privilégio e orgulho em poder aprender, crescer e estar junto diariamente com essas mulheres tão inspiradoras! Feliz Dia da Mulher, guerreiras alagoanas!